D. Jorge censura políticos que só pensam no bem-estar pessoal
Numa altura em que a nossa vida vai piorando dia após dia, sem se vislumbrar melhorias, nós vamos ficando cada vez mais apreensivos, um pouco desanimados, vamos vivendo diariamente com o fantasma da situação Grega e agora, com o drama que se começa a viver em Espanha.
O Governo vai constantemente tomando medidas, mas a situação não melhora. Tudo se vai agravando. O desemprego aumenta, a pobreza e a fome bate cada vez mais a um maior número de portas.
As previsões governamentais estão constantemente a falhar pela negativa.
No meio deste mar tempestuoso com o horizonte enegrecido e o “Adamastor” a nos asfixiar, eis que surge, a Igreja, a abordar a situação pela negativa, como o fez muito recentemente o Bispo das Forças Armadas D. Januário e agora, o arcebispo primaz de Braga D. Jorge Ortiga.
Para que possamos meditar um pouco no que o prelado afirmou e possamos tirar as devidas ilações, de seguida, publicamos o texto que foi apresentado no Correio do Minho, no dia 23 de Julho de 2012 e escrito por : José Paulo Silva.
"D. Jorge censura políticos que só pensam no bem-estar pessoal"
"O arcebispo primaz de Braga encerrou ontem o Festival Jota 2012 com críticas à classe política que não consegue encontrar consensos para resolver os problemas do país. “Neste momento de crise, os políticos não são capazes de encontrar um mínimo de convergência para trabalhar a procura de uma solução”, afirmou D. Jorge Ortiga perante algumas centenas de jovens que participaram na eucaristia de encerramento do festival de música de inspiração cristã, que decorreu durante três dias em Braga.
“Para os políticos, quase sempre, vale a pena o bem-estar pessoal, ou quanto muito do seu grupo ou partido”, denunciou o prelado bracarense na homilia da missa campal celebrada no Parque da Ponte, apelando aos jovens participantes no Festival Jota a pugnarem “pelo bem de todos”.
Na sua intervenção D. Jorge considerou que a crise, que tem como expressão significativa o desemprego juvenil, não é apenas económica, “é o paradigma de uma sociedade que os outros construíram”, um modelo que não se pode aceitar “porque foi o modelo da desigualdade e dos privilégios”.
Insistindo na crítica à classe política, o prelado bracarense lamentou que esta não seja capaz de aceitar “a realidade de que somos todos iguais”.
Numa celebração eucarística com cânticos em ritmo pop e rock, o arcebispo de Braga confessou que “olhar para a juventude não dá vontade de rir”, tantos são os problemas que a afectam: desemprego, delinquência, drogas, dramas familiares e insegurança, pelo que “é necessário viver de um modo diferente”.
Por: José Paulo Silva
Que rapidamente a bonança atraque no mar da nossa vida.
Amorim Lopes