FADO PATRIMÓNIO IMATERIAL DA HUMANIDADE PARTE II
Na sequência do trabalho que acabámos de publicar, vamos novamente abordar o mesmo tema,” Fado Património Imaterial da Humanidade”, com o intuito de mostrar a todos os que visitam este nosso espaço, dois artistas da nova geração do fado.
Nesse sentido, apresentamos dois vídeos:
No primeiro, apresentamos um jovem guitarrista de 22 anos, com uma forte ligação familiar a Mação, que vem trabalhando com Ana Moura, Ângelo Freire.
No segundo, mostramos a doce voz de Ana Moura, cantando o tema “Desfado”, que está incluído no seu novo trabalho, ao qual deu o nome.
A ambos, que frequentemente têm levado bem alto, por todo o Mundo, a riqueza cultural do Fado, desejamos muita saúde, força e que as mãos e a garganta nunca lhes doam, para continuar o belíssimo trabalho que ora teimam esculpir.
VÍDEO 1
VÍDEO 2
LETRA:
Quer o destino que eu não creia no destino
E o meu fado é nem ter fado nenhum
Cantá-lo bem
sem sequer o ter sentido
Senti-lo como ninguém
mas não ter sentido algum
Ai que tristeza, esta minha alegria
Ai que alegria, esta tão grande tristeza
Esperar que um dia
eu não espere mais um dia
por aquele que nunca vem
e aqui esteve presente
Ai que saudade que eu tenho de ter saudade
Saudades de ter alguém que aqui está e não existe
Sentir-me triste só por me sentir tão bem
E alegre sentir-me bem só por eu andar tão triste
Ai se eu pudesse não cantar "ai se eu pudesse",
e lamentasse não ter mais nenhum lamento
Talvez ouvisse
no silêncio que fizesse
uma voz que fosse a minha
a cantar alguém cá dentro
Ai que desgraça, esta sorte que me assiste
Ai mas que sorte eu viver tão desgraçada
Na incerteza
que nada mais certo existe
além da grande certeza
de não estar certa de nada
Ai que saudade que eu tenho de ter saudade
Saudades de ter alguém que aqui está e não existe
Sentir-me triste só por me sentir tão bem
E alegre sentir-me bem só por eu andar tão triste