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DÁDIVAS

E agora é o acaso quem me guia. Sem esperança, sem um fim, sem uma fé, Sou tudo: mas não sou o que seria Se o mundo fosse bom — como não é!

E agora é o acaso quem me guia. Sem esperança, sem um fim, sem uma fé, Sou tudo: mas não sou o que seria Se o mundo fosse bom — como não é!

DÁDIVAS

16
Jan13

ONDE O FMI QUER CORTAR NA DESPESA

59abc59

Muito se tem vindo a falar na “Refundação do Estado”. Entre os sapientes deste pacato povo, o verbalismo tem sido bastante dinâmico e algumas vezes quente, procurando defender em alguns casos pontos de vista opostos.

Uns procuram tirar e outros tentam dar.

É uma confusão constante, uns defendem os interesses populares e alguns outros, armam-se em defensores de uma minoria aburguesada. 

A enfeitar este bolo agridoce, eis que surge a cereja amarga e recheada com a sapiência do FMI:

São medidas duras as propostas apresentadas pelo FMI.

Como os nossos governantes procuram ser bons alunos e diariamente, viram as costas à miséria e à fome, não me admira que a percentagem de aprovação de tais medidas atinja os 80% a 90%.

Estão constantemente com os corruptos deste País.

Vale a pena ler o artigo de opinião, de Paulo Morais, publicado no Correio da Manhã. 

  

Sem dó nem piedade

“Aos políticos corruptos nunca são assacadas nenhumas responsabilidades pelos seus atos. Violam leis e regulamentos, patrocinam negócios ruinosos para o Estado, enriquecem de forma obscena e nada lhes acontece.

Até hoje, a impunidade tem sido absoluta. O regime jurídico da tutela administrativa impõe, por exemplo, a perda de mandato num conjunto de circunstâncias. Na prática, Macário Correia ou Valentim Loureiro foram condenados pelos tribunais em perda de mandato, mas continuam em funções.

A legislação estabelece responsabilidade criminal aos titulares de cargos políticos que violem regras urbanísticas. No entanto, as alterações ilícitas aos planos diretores são prática comum, com ganhos milionários para os promotores imobiliários que financiam os partidos. Por todo o país nascem edifícios ilegais, do Vale do Galante na Figueira da Foz, ao edifício Cidade do Porto… mas a culpa sempre morre solteira. Enquanto em Espanha há mais de cem autarcas presos por crimes urbanísticos, em Portugal nem um! Nem sequer Isaltino Morais, várias vezes condenado, está preso.

Também nunca são acusados os responsáveis pelos desvios orçamentais. Quem contrate à revelia do orçamento incorre em responsabilidade criminal. Mas até hoje não há condenados, não obstante os milhares de milhões de desvios nos orçamentos na administração central e local. Como também não há responsabilização dos políticos que contratam negócios ruinosos para o Estado, tal é o caso das parcerias público-privadas. Além do mais, jamais são recuperados os bens que os corruptos subtraem à sociedade. E seria bem simples, afinal. Os edifícios ilegais deveriam ser demolidos ou, em alternativa, expropriados por valor zero. As fortunas acumuladas na sequência de fraude fiscal ou de processos de corrupção como o do BPN deveriam ser confiscadas. Apreendendo tanto o património detido em território nacional, como até os depósitos em bancos estrangeiros; à semelhança do que outros países vêm fazendo, como a Alemanha, a França, a Itália ou até a Grécia.

Já vai sendo tempo de punir políticos corruptos, retirando-lhes mandatos, obrigando-os a responder perante a justiça e confiscando-lhes as fortunas que têm vindo a acumular à custa do que roubam ao povo português.”

Se é verdade que os nossos governantes continuam a fechar os olhos aos roubos dos políticos corruptos, também é verdade que, a média e baixa sociedade, vai diariamente sendo afogada com aumentos nas mais diversas áreas, abrindo portas ao empobrecimento do povo.

Ver o vídeo que seguidamente publicamos.

VÍDEO

Temos esperança de que um dia Portugal volta a cantar.

 

Amorim Lopes

 

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