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DÁDIVAS

E agora é o acaso quem me guia. Sem esperança, sem um fim, sem uma fé, Sou tudo: mas não sou o que seria Se o mundo fosse bom — como não é!

E agora é o acaso quem me guia. Sem esperança, sem um fim, sem uma fé, Sou tudo: mas não sou o que seria Se o mundo fosse bom — como não é!

DÁDIVAS

25
Abr13

ELES COMEM TUDO!...

59abc59
 
 
 
Mais uma vez 25 de Abril chega.

Chega carregado de tristeza, orlado com o negrume da fome e da miséria.

Uns comem tudo e pouco nos deixam e nós, tristes e de cabeça caída, saboreamos as migalhas que nos conduzem a um mundo triste e faminto.  

A esperança que ele nos trouxe, começa a ser varrida com tempestades de injustiça que nos vai delapidando o estado social em que vivemos.

A educação, a saúde e protecção social são diariamente desmanteladas. O desemprego continua a aumentar e a economia continua a escorregar para o abismo. Continuamos a ser governados por políticos que teimam em não cumprir com o que prometeram.

Governam para zelosamente respeitar os ditames dos credores, desprezando a fome e a miséria que o Povo sofre.

Com a economia negativamente a aumentar e o desemprego em crescimento constante, não se vislumbra no horizonte sinais de mudança. Os políticos, continuam insensíveis e de coração frio com o agravamento da situação. Continuamos a ver as poderosas cigarras que  tudo têm e as formigas laboriosas, a ter que famintamente sobreviver com as migalhas.

Meu País desgraçado!...

 

 

Meu País Desgraçado

 

Meu país desgraçado!...
E no entanto há Sol a cada canto
e não há Mar tão lindo noutro lado.
Nem há Céu mais alegre do que o nosso,
nem pássaros, nem águas ...

Meu país desgraçado!...
Por que fatal engano?
Que malévolos crimes
teus direitos de berço violaram?

Meu Povo
de cabeça pendida, mãos caídas,
de olhos sem fé
— busca, dentro de ti, fora de ti, aonde
a causa da miséria se te esconde.

E em nome dos direitos
que te deram a terra, o Sol, o Mar,
fere-a sem dó
com o lume do teu antigo olhar.

Alevanta-te, Povo!
Ah!, visses tu, nos olhos das mulheres,
a calada censura
que te reclama filhos mais robustos!

Povo anêmico e triste,
meu Pedro Sem sem forças, sem haveres!
— olha a censura muda das mulheres!
Vai-te de novo ao Mar!
Reganha tuas barcas, tuas forças
e o direito de amar e fecundar
as que só por Amor te não desprezam

 

 

Amorim Lopes 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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