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DÁDIVAS

E agora é o acaso quem me guia. Sem esperança, sem um fim, sem uma fé, Sou tudo: mas não sou o que seria Se o mundo fosse bom — como não é!

E agora é o acaso quem me guia. Sem esperança, sem um fim, sem uma fé, Sou tudo: mas não sou o que seria Se o mundo fosse bom — como não é!

DÁDIVAS

12
Nov13

ARTIGO PUBLICADO HÁ 140 ANOS

59abc59

Temos vindo diariamente a ser confrontados com cortes no ensino, saúde e ajudas sociais. Os impostos de uma forma direta ou indireta, não param de massacrar o povo. O desemprego continua a ser tal, que a fome e miséria continuam a alastrar nas classes mais desprotegidas.

Enquanto tudo isto se passa, noutras áreas não há lugar a apertos de cinto. Vala a pena ler o artigo hoje publicado no Correio da Manhã:

Afinal há dinheiro

Agora ficámos a saber que temos um secretário de Estado da Cultura com três adjuntos, sete técnicos especialistas, duas secretárias pessoais, chefe de gabinete, dez técnicos administrativos, três técnicos auxiliares e três motoristas.

Tomaram nota? Vou repetir; agora temos um secretário de Estado da Cultura com três adjuntos, sete técnicos especialistas, duas secretárias pessoais, chefe de gabinete, dez técnicos administrativos, três técnicos auxiliares e três motoristas. Tomaram mesmo nota?

É que estamos a falar de um secretário de Estado da Cultura, sem desprimor à nobre pasta que em tempos que não estes, em tempos de vacas gordas, já deu para renovar a casa de banho da Ajuda, trabalhos vários e mama generalizada.

Agora, à equipa desse secretário de Estado junta-se novo assessor - um consultor de comunicação do PSD de 24 anos, montado em três mil euros por mês e qualificações profissionais de três workshops em edição de vídeo e áudio digital, apresentação de diretos em televisão e genericamente programas televisivos.

Dizem que não há dinheiro e não há. O que há e, pelos vistos, haverá sempre é money for the boys.

Por: Fernanda Cachão

É com enorme tristeza e uma certa revolta, que continuamos a ver os desprotegidos, os de mais fácil cobrança, a pagar a crise e o Governo, poder económico e gente endinheirada a passar ao lado da situação que vivemos. Alguns há, em que as fortunas aumentaram.

Quão injusta é a vida que hoje vivemos e que os nossos antepassados também viveram |

Começamos a acreditar que além das razões económicas, há outras que também são bastante importantes – “linhas de gente”

Vejam um texto publicado há aproximadamente 140 anos – 17 de Dezembro 1870.

Há infelizmente hábitos, que governos passados não abraçaram e que a nassa governação jamais abraçará – justiça, solidariedade e equidade.

Amorim Lopes

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