Temos afirmado, que enquanto no Mundo, se olhar em primeiro lugar a questão material e só depois, a questão social, a Humanidade jamais sorrirá.
Com as declarações, proferidas pelo 3º homem mais rico da Estados Unidos e dos 16 mais ricos de França, felizmente que o debate está a nascer.
Há ricos que voluntariamente, querem ajudar a suplantar a crise em que vivemos. Há ricos, que já se aperceberam, que as suas fortunas, para nada servirão, se as classes médias e baixas, forem economicamente desvalorizadas. Sem estas, os grandes senhores, vão lentamente, também sendo asfixiados. Ser rico, de uma forma lícita, não é crime, mas de uma forma ilícita e à custa da exploração vergonhosa, do humilde e dedicado trabalhador, é altamente revoltante.
Portugal, vive economicamente, um momento bastante preocupante. Os nossos governantes, tentam resolver os problemas, sempre à custa da classe média e dos pobres, classes que até ao momento, não lhes têm feito afronta alguma. Não seria mais justo, seguir um caminho, com tributações fiscais mais equilibradas e justas? Com um combate penal e fiscal mais rigoroso, activo e dinâmico, contra os abusos e oportunismos?
Felizmente, que com a atitude patriótica de um Homem dos Estados Unidos e das 16
personalidades francesas, que o governo já pensa taxar, as fortunas do nosso Portugal. Esperemos que a Troika não se contraponha. Tomando em conta, o que ouvimos na comunicação social, leva-nos a fazer a pergunta: Haverá ricos em Portugal? Algumas dessas figuras, já afirmam que não são ricas, mas sim trabalhadores. Esquecem-se de dizer, que são trabalhadores, muitas vezes com dezenas, centenas e até milhares de braços a trabalhar. As fortunas que alcançaram, foram fruto da labuta, dos que para eles trabalham, recompensando-os muitas vezes, com famintas esmolas. Trabalhadores, todos nós sabemos que eles são. Gerir também é trabalho. Mas enquanto possuírem riqueza, serão sempre considerados ricos.
Com as declarações agora proferidas, temos esperança, que se algumas decisões forem tomadas, o Mundo, que cegamente
caminha na rota do neoliberalismo, inverta a sua marcha, na direcção de um Mundo mais social, justo e solidário. Necessitamos de riqueza, ganha com critérios justos, trabalho honesto e que contribua, para o surgimento de uma sociedade, mais rica, justa e equilibrada.
Amorim Lopes