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DÁDIVAS

E agora é o acaso quem me guia. Sem esperança, sem um fim, sem uma fé, Sou tudo: mas não sou o que seria Se o mundo fosse bom — como não é!

E agora é o acaso quem me guia. Sem esperança, sem um fim, sem uma fé, Sou tudo: mas não sou o que seria Se o mundo fosse bom — como não é!

DÁDIVAS

17
Nov12

ANA MOURA - DESFADO

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A fadista Ana Moura, publicou recentemente mais um trabalho ao qual deu o nome de “Desfado”

O álbum, com 17 temas com letras portuguesas e estrangeiras, tem a particularidade de no contexto musical, utilizar uma sonoridade bastante variada.

Do trabalho, destacamos os temas: “Desfado”, “A Case of you” e  “Fado Alado”

Deste último, apresentamos um vídeo e o poema da autoria de Pedro Abrunhosa.

O tema pela sua beleza, merece ser ouvido repousadamente no silêncio da noite.

 

VÍDEO

 

 

Autor: Pedro Abrunhosa

 

Fado Alado

 

Vou de Lisboa a S. Bento,
Trago o teu mundo por dentro
No lenço que tu me deste.
Vou do Algarve ao Nordeste,
Trago o teu beijo bordado,
Sou um Comboio de Fado
Levo um Amor encantado,
Sou um Comboio de gente.

Sou o chão do Alentejo,
De ferro é o meu beijo,
Tão quente como a Liberdade, 
E se não trago saudade
É porque vives deitado
Num Amor que não está parado,
Sou um Comboio de Fado,
Sou um Comboio de gente.

Não há Amor com mais tamanho,
Que este Amor por ti eu tenho,
Voo de pássaro redondo,
Que não aporta no beiral.
Não há Amor que mais me leve,
Que aquele em que se escreve,
Ai... Lume brando,
Paz e fogo,
E a Luz final.

Desço do Porto ao Rossio,
Levo o abraço do rio,
Douro amante do Tejo,
Nos ecos dum realejo,
Chora minha guitarra,
Trazes-me a Paz da cigarra,
Num desencontro encontrado,
Sou um Comboio de Fado.
 
 
Se for morrer a Coimbra,
Traz-me da Luz a penumbra,
Do Amor que nunca se fez,
Corre-me o sangue de Inês,
Mostra-me um sonho acordado,
Somos um Povo alado,
Um Povo que vive no Fado
A Alma de ser diferente.

Não há Amor com mais tamanho,
Que este Amor por ti eu tenho,
Voo de pássaro redondo,
Que não aporta no beiral.
Não há Amor que mais me leve,
Que aquele em que se escreve,
Ai... Lume brando,
Paz e fogo,
E a Luz final.

 

Amorim Lopes

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