Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

DÁDIVAS

E agora é o acaso quem me guia. Sem esperança, sem um fim, sem uma fé, Sou tudo: mas não sou o que seria Se o mundo fosse bom — como não é!

E agora é o acaso quem me guia. Sem esperança, sem um fim, sem uma fé, Sou tudo: mas não sou o que seria Se o mundo fosse bom — como não é!

DÁDIVAS

28
Fev14

FESTIVAL DA LAMPREIA NO CONCELHO DE MAÇÃO

59abc59

Um dos pratos mais apreciados pelos “Amantes do Garfo” é o arroz de lampreia.

Nesse sentido, a Câmara de Mação, organizou de 1 de Março a 20 de Abril o

Festival da Lampreia, proporcionando assim, a todos os que gostam de saborear o já referido ciclóstomo, de o poder fazer em dez restaurantes do concelho.

Apelamos à presença de todos, os que tiverem disponibilidades para visitar Mação, para matar saudades da lampreia e simultaneamente, saborearem o presunto “Marca Mação”(+ 9 meses de cura)

10 Restaurantes aderentes:

 

A Lena – Ortiga – 241 573 457
Todos os dias – almoço, por reserva

 

Avenida (Pica-Fino) – Mação – 241 572 585 / 966 225 784
Todos os dias – almoço e jantar, por encomenda – encerra à 2.ª feira

 

Café Restaurante da Recta – Mação – 969 459 660
Todos os dias – almoço e jantar, por encomenda

 

Casa Cardoso – Envendos – 241 555 134 / 965 047 832 / 961 527 716
3.ª feira ao almoço e restantes dias, ao almoço, por encomenda

 

Casa Velha – Mação – 241572632 / 918 536 199
Todos os dias – almoço, por encomenda – encerra ao sábado

 

Dona Flor – Penhascoso – 964 841 691 / 969 923 021
4.ª feira e sábado, almoço e jantar, por encomenda

 

O Cantinho – Mação – 241 573 367 / 964 677 705
Todos os dias – almoço e jantar

 

O Godinho – Mação – 241 572 874 / 962 536 310
Todos os dias – almoço, por encomenda – encerra ao domingo

 

O Pescador – Mação – 241 573 180 / 934 244 472
Todos os dias – almoço e jantar. Aconselha-se marcação prévia – encerra à 2.º-feira

 

Solar do Moinho – Cardigos – 274 866 505 / 910 308 055
Todos os dias – almoço e jantar, por encomenda

 

Amorim Lopes

28
Fev14

MAÇÃO - CARNAVAL 2014 - CRIANÇAS SAÍRAM À RUA

59abc59

Mação volta a viver o carnaval. As crianças do Ensino Básico, como vem sendo hábito, desfilaram, hoje, pelas ruas da vila. Por causa da chuva, o convívio carnavalesco foi adiado para as 14 horas, decorrendo com bastante animação e dentro do que foi planeado.

Seguidamente, publicamos um pequeno vídeo, que nos mostra passagem dos jovens foliões pelo Largo dos Bombeiros.

VÍDEO

Amorim Lopes
27
Fev14

BERNARDINO SOARES - NOS AAA - ANIMADOS ALMOÇOS.

59abc59

Esta quarta-feira, o jovem presidente da Câmara de Loures, esteve à conversa com António Colaço nos AAA – Animados Almoços.

Da conversa que houve entre os dois, com o intuito de todos os que visitam este nosso espaço dela possam ter conhecimento, de seguida fazemos a publicação do respetivo vídeo.

VÍDEO

 

 

"Um procura um parteiro para os seus pensamentos, outro alguém a quem possa ajudar: é assim que nasce uma boa conversa."

Amorim Lopes

 

 

 


 

 

24
Fev14

A DESERTIFICAÇÃO DO INTERIOR ESTEVE EM DEBATE NO COLISEU

59abc59

Realizou-se, no Coliseu em Lisboa, este fim de semana o XXXV Congresso do PSD.

Ficámos espantados com o desenrolar dos acontecimentos. Quando estávamos à espera que as figuras de primeiro plano, abordassem a situação aflitiva que todos vivemos, ficaram-se pelo problema “António José Seguro”.

Será que os problemas do País se resumem à ação política do PS?

Será que a situação do País melhorou assim tanto, que o problema que mais nos aflige é José Seguro?

Assim, desta forma, é governado Portugal!

Mas nem tudo foi mau!

Dos flashes que vimos na TV, donde fizemos o juízo acima referido, pudemos também concluir, que os verdadeiros problemas por nós vividos, foram levados ao respetivo congresso pelas segundas figuras – pessoas que sentem e vivem o Portugal real.

Dos trabalhos apresentados, será justo realçar o que foi levado pelos homens do PSD da Distrital de Santarém, cujo tema foi: “A DESERTIFICAÇÃO DO INTERIOR. QUE FUTURO PARA OS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE?”.

No Coliseu, a apresentar o trabalho, tivemos um Maçaense – Dr. Vasco Estrela,

que teve a coragem, contrariando as abordagens das “altas esferas ali presentes”, de alertar os congressistas, para a problemática vivida pelas gentes do interior, bem com anunciar medidas, que poderão fazer parte da terapia, a usar no futuro, para atenuar os problemas vividos pelos povos do “abandonado Interior”.

Não podemos deixar de referir, que o primeiro subscritor da Moção apresentada foi o nosso Presidente da Câmara.

Para o Dr. Vasco Estrela vão os nossos parabéns e que a força, nunca lhe falte, para continuar a lutar por um Interior melhor.  

 

PROPOSTA TEMÁTICA AO XXXV CONGRESSO NACIONAL DO PSD
DISTRITAL DE SANTARÉM


“A DESERTIFICAÇÃO DO INTERIOR. QUE FUTURO PARA OS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE?”


FEVEREIRO 2014

Portugal é hodiernamente o sexto país mais envelhecido do mundo e, em apenas quatro décadas, passou de país com a maior taxa de natalidade da Europa para detentor da taxa de natalidade mais baixa.

 

Em 2012 o índice de envelhecimento de Portugal foi registado em cerca de 129%, o que representa a 5.ª taxa mais alta da Europa, muito acima da média europeia. A par desta realidade, o nosso país quedou-se, no mesmo ano, pela 22.ª posição europeia, no tocante a taxa de natalidade1.

 

 

No interior de Portugal, o problemado envelhecimentopopulacional é ainda mais sentido, registando-se nessas regiões os maiores índices de envelhecimento. A grande faixa do interior de Portugal assiste a um fenómeno de desertificação humana, e desumanização de grande parte do território, com a forte incapacidade de fixação de ativos jovens, com a falta de dinâmica de criação de emprego, a baixa atratividade para implantar empresas, a deterioração dos centros históricos, a grande dificuldade de promover um desenvolvimento territorial equilibrado, e, mais grave ainda, o crescimento de casos de exclusão social.
1 Fonte: PORDATA | INE | EUROSTAT

 

A atratividade dos grandes centros, das áreas metropolitanas, em torno das duas grandes cidades portuguesas, levam a que 2/3 da população portuguesa resida nos eixos de Braga/Aveiro e Leiria/Setúbal.

 

Como exemplo do que se descreve, temos a NUTIII do Médio Tejo, no Distrito de Santarém que teve uma taxa de crescimento anual médio entre 2001 e 2011 de -0,232, onde 9 dos 11 Municípios da então Sub-Região perderam população.

 

As consequências do processo de expansão descontrolada e desordenada das áreas urbanas, do desigual dinamismo das pequenas e médias cidades fazem-se sentir, atualmente, com enorme intensidade.

 

O inevitável despovoamento dos municípios do interior tem conduzido ao enfraquecimento da coesão territorial, atenta a ausência de estratégias e políticas de eficiência coletiva.

 

Os tempos de crise agudizam, ainda mais, este problema. De forma natural os fenómenos migratórios são constantes e a implementação de políticas de eficiência e contenção de despesa pública vêm contribuir, de forma acentuada, para o surgimento de novos TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE.
2 Fonte: CENSOS 2011 | INE

 

Estes territórios caraterizam-se, essencialmente, pela existência de uma população envelhecida e distribuída de forma assimétrica, onde pontificam elevados índices de desqualificação e desclassificação, com a sua economia especializada em sectores tradicionais com dificuldades competitivas, resultantes de modelos de negócio esgotados e das dificuldades de reestruturação e modernização. O seu tecido empresarial demonstra, habitualmente, fraca capacidade empreendedora e de inovação, manifestamente incapaz de responder por si só à debilidade das infraestruturas de apoio às atividades económicas e à insuficiência do mercado local. O despovoamento, a saída dos mais jovens e ativos, a insuficiente oferta de serviços e equipamentos insuficiente, a menor permeabilidade à inovação, a fraca produtividade, rendimento e competitividade passam a problemas estruturais de um elevado número de municípios portugueses.

 

Porém, e se estes problemas são facilmente identificáveis nestes territórios, existe, igualmente, um vasto conjunto de atrativos e um potencial competitivo, assente primordialmente nos recursos geológicos, hídricos, florestais, ambientais, paisagísticos, culturais, históricos, e outros, de grande valor e que se encontram, regra geral, por explorar, e na existência de factores muito favoráveis ao investimento em sectores competitivos ao nível da produção e num conjunto de condições que potenciam o desenvolvimento de atividades ligadas ao turismo e ao lazer.

 

O encerramento de serviços públicos de proximidade não pode ser encarado numa perspetiva meramente económico financeira, no “bolo” nacional, ignorando-se os benefícios sociais e humanos que os mesmos representam em áreas de baixa densidade, constituindo polos de atração e fixação de pessoas, principalmente casais jovens e ativos, que buscam qualidade de vida, conceito este, hoje em dia, muito assente na fácil interação dos cidadãos com os órgãos de governo, através da proximidade.

 

Perante este circunstancialismo, é urgente que o PSD, como partido com elevadas responsabilidades na definição de um novo rumo para o nosso país, no período pós-crise que se avizinha, possa fomentar e adotar medidas de promoção da competitividade territorial, através de políticas específicas e transversais aos diversos Ministérios do Governo de Portugal, com o especial objetivo de travar os problemas estruturais dos territórios de baixa densidade.

 

Como exemplos de medidas concretas de apoio a estas áreas, identificamos:

 

i) Forte articulação entre o Governo e os Municípios - enquanto entidades com forte capacidade e vocação para a congregação de atores e estratégias locais e regionais – para manutenção de todos os serviços nas áreas de baixa densidade, como tribunais, serviços de finanças, segurança social, serviços de saúde e demais serviços públicos de proximidade, com reforço das competências dos segundos na gestão dos respetivos equipamentos e recursos humanos;
ii) Canalização de fundos comunitários para programas de fundos específicos para estes territórios, que promovam a coesão e a competitividade territorial;
iii) Desenvolvimento, em conjunto com as Universidades e Institutos Politécnicos, de políticas conducentes à humanização dos territórios, através do aproveitamento das suas potencialidades para a criação de riqueza;
iv) Definição de políticas que visem a preservação e desenvolvimento do setor primário, bem como o fomento/desenvolvimento de atividades produtivas artesanais e tradicionais.
v) Criação de programas com capital nacional e comunitário com forte aposta na melhoria das acessibilidades, qualificação profissional e apoio ao empreendedorismo e criação de novos negócios;
vi) Fomento estatal ao investimento privado nestas áreas, com verdadeira complementaridade com o investimento público;
vii) Aposta em estratégias integradas de base territorial, capazes de promover a articulação e aproveitamento de sinergias entre os municípios de baixa densidade e a criação de redes entre estas áreas e as de maior densidade que lhe são próximas;
viii) Criação de sistema de incentivos fiscais, de base nacional, em sede de IRC e IRS que potenciem a implementação de empresas e a fixação de jovens ativos nestes territórios, sem que tal onere os orçamentos municipais com as medidas já possíveis de entrega de pequena parte do IRS ou minorações de IMI e Derrama;
ix) Apoio à diversificação da base económica destes territórios, com o auxílio de capitais de risco;
x) Criação de sistemas de apoio à natalidade, com a atribuição de subsídios a casais jovens que ali se queiram fixar e ter 2 ou mais filhos;
xi) Reforço de todos os programas atuais de materialização de Estratégias de Eficiência Coletiva;
xii) Criação de Programa de Recuperação e Valorização do Património Natural e Histórico destes territórios, com consequente definição de estratégia de captação turística;
xiii) Aposta no investimento na melhoria do acesso aos cuidados de saúde primários, nomeadamente através da articulação destes com os cuidados hospitalares, através da criação de ULS’s;
xiv) Criação de financiamento para redes de transporte público a pedido, como forma de vencer a interioridade e a distância de acesso aos serviços.

 

O PSD deve, pois, promover, com carácter de urgência, um debate alargado, recolhendo o contributo das suas estruturas concelhias, distritais e regionais, para que estes territórios de baixa densidade possam abandonar uma caraterização que lhes tem sido atribuída, de territórios esquecidos, com constante perda de capital humano e social.

 

O nosso Partido, sendo fiel à sua matriz e à sua história, não se pode resignar e assistir ao definhar de grande parte de Portugal. Temos de assumir claramente um compromisso com os Portugueses e afirmar que dentro de 10 anos a atual situação não se verifica com a gravidade que tem atualmente. Portugal precisa de saber o que o PSD quer fazer com 2/3 do território do nosso País.

 

Portugal tem de crescer. Mas o crescimento tem de acontecer de forma mais uniforme, que aproveite os recursos endógenos dos municípios mais pequenos e mais despovoados, em prol de uma verdadeira coesão e competitividade territorial.

 

O Congresso do PSD, ao aprovar esta moção, estará a recomendar ao partido que diligencie junto do Governo para o estudo e implementação das medidas acima identificadas, e outras, que venham a resultar do necessário debate inter-estruturas.

 

O 1.º Subscritor
Vasco Sequeira Estrela
Militante n.º 11813

 

23
Fev14

MAÇÃO – A. E. VERDE HORIZONTE – NOITE DE FADOS

59abc59

Na passada sexta-feira, o Agrupamento de Escolas “Verde Horizonte”, levou a cabo uma noite de fados, realizada no refeitório da escola.

O evento, contou com a colaboração dos responsáveis da escola, funcionários, alunos ligados à área da gastronomia, músicos, uma fadista aluna da escola – Francisca Correia e uma assistência, com pessoas residentes em vários pontos do concelho, para a qual fizeram antecipadamente a respetiva inscrição.

A noite fados, decorreu com a normalidade desejada, com os alunos da área da gastronomia a servir um belíssimo jantar, pondo à prova todos os seus conhecimentos.

Na área musical, os homens das cordas desempenharam bem o seu papel, e acompanharam com mestria a voz melodiosa da – Francisca Correia, que mostrou a todos os presentes a sua “raça”, contando 18 belíssimos fados.

Para todos os que direta e indiretamente participaram na noitada musical, incluindo a assistência que se portou condignamente, vão os nossos parabéns.

VÍDEO

Amorim Lopes
22
Fev14

MAÇÃO - NOITE DE FADOS NO A. E. VERDE HORIZONTE

59abc59

Acabámos de assistir a uma bela noite de fados no Agrupamento de Escolas Verde Horizonte.

Sobre o referido convívio, vamos levantar um pouco o véu, publicando o vídeo que nos mostra o último fado cantado pela Francisca Correia.

Informamos que o tema,nunca foi ensaiado com os músicos que a acompanharam durante a sua atuação.

VÍDEO

Amorim Lopes
20
Fev14

FERNANDO TORDO, AGARRA NA MALA E NA GUITARRA E VAI TRABALHAR PARA TERRAS DE SANTA CRUZ

59abc59

Homem de convicções, lutador, poeta, músico e cantor, ao ver os “Cravos de Abril” a murchar, a cultura do País aos poucos a ser flagelada, ao ver o humilde Povo a carregar com tamanha injustiça, tamanha miséria, e a ter que enfrentar dificuldades para viver, pegou nas malas, e para o Brasil foi viver e procurar “vencer”.

 O Fernando, lutando, ajudou a fazer Abril. Agora, volta a ter que lutar para viver, porque há os que vão destruindo, o que ele com enorme sacrifício ajudou a fazer.

A propósito da sua ida para Terras de Vera Cruz, publicamos seguidamente um belíssimo texto, da autoria do seu filho João Tordo, que muito nos comoveu.

Para o Fernando, desejamos muita saúde, força, inteligência e tudo o que de bom a vida lhe possa ofertar.

Contamos com ele junto de nós, para unidos, voltarmos novamente a fazer Portugal.

Amorim Lopes

Carta ao pai

Ontem, o meu pai foi-se embora. Não vem e já volta; emigrou para o Recife e deixou este país, onde nasceu e onde viveu durante 65 anos.

A sua reforma seria, por cá, de duzentos e poucos euros, mais uma pequena reforma da Sociedade Portuguesa de Autores que tem servido, durante os últimos anos, para pagar o carro onde se deslocava por Lisboa e para os concertos que foi dando pelo país. Nesses concertos teve salas cheias, meio cheias e, por vezes, quase vazias; fê-lo sempre (era o seu trabalho) com um sorriso nos lábios e boa disposição, ganhando à bilheteira.

Ontem, quando me deitei, senti-me triste. E, ao mesmo tempo, senti-me feliz. Triste, porque o mais normal é que os filhos emigrem e não os pais (mas talvez Portugal tenha sido capaz, nos últimos anos, de conseguir baralhar essa tendência). Feliz, porque admiro-lhe a coragem de começar outra vez num país que quase desconhece (e onde quase o desconhecem), partindo animado pelas coisas novas que irá encontrar.

Tudo isto são coisas pessoais que não interessam a ninguém, excepto à família do senhor Tordo. Acontece que o meu pai, quer se goste ou não da música que fez, foi uma figura conhecida desde muito novo e, portanto, a sua partida, que ele se limitou a anunciar no Facebook, onde mantinha contacto regular com os amigos e admiradores, acabou por se tornar mediática. E é essa a razão pela qual escrevo: porque, quase sem o querer, li alguns dos comentários à sua partida.

Muita gente se despediu com palavras de encorajamento. Outros, contudo, mandaram-no para Cuba. Ou para a Coreia do Norte. Ou disseram que já devia ter emigrado há muito. Que só faz falta quem cá está. Chamam-lhe palavrões dos duros. Associam-no à política, de que se dissociou activamente há décadas (enquanto lá esteve contribuiu, à sua modesta maneira, com outros músicos, escritores, cineastas e artistas, para a libertação de um povo). E perguntaram o que iria fazer: limpar WC e cozinhas? Usufruir da reforma dourada? Agarrar um "tacho" proporcionado pelos "amiguinhos"? Houve até um que, com ironia insuspeita, lhe pediu que "deixasse cá a reforma". Os duzentos e tal euros.

Eu entendo o desamor. Sempre o entendi; é natural, ainda mais natural quando vivemos como vivemos e onde vivemos e com as dificuldades por que passamos. O que eu não entendo é o ódio. O meu pai, que é uma pessoa cheia de defeitos como todos nós – e como todos os autores destes singelos insultos –, fez aquilo que lhe restava fazer.

Quer se queira, quer não, ele faz parte da história da música em Portugal. Sozinho, ou com Ary dos Santos, ou para algumas das vozes mais apreciadas do público de hoje – Carminho, Carlos do Carmo, Mariza, são incontáveis –, fez alguns dos temas que irão perdurar enquanto nos for permitido ouvir música.

Pouco importa quem é o homem; isso fica reservado para a intimidade de quem o conhece. Eu conheço-o: é um tipo simpático e cheio de humor, que está bem com a vida e que, ontem, partiu com uma mala às costas e uma guitarra na mão, aos 65 anos, cansado deste país onde, mais cedo do que tarde, aqueles que o mandam para Cuba, a Coreia do Norte ou limpar WC e cozinhas encontrarão, finalmente, a terra prometida: um lugar onde nada restará senão os reality shows da televisão, as telenovelas e a vergonha.

Os nossos governantes têm-se preparado para anunciar, contentíssimos, que a crise acabou, esquecendo-se de dizer tudo o que acabou com ela. A primeira coisa foi a cultura, que é o património de um país. A segunda foi a felicidade, que está ausente dos rostos de quem anda na rua todos os dias. A terceira foi a esperança. E a quarta foi o meu pai, e outros como ele, que se recusam a ser governados por gente que fez tudo para dar cabo deste país – do país que ele, e milhões de pessoas como ele, cheias de defeitos, quiseram construir: um país melhor para os filhos e para os netos. Fracassaram nesse propósito; enganaram-se ao pensarem que podíamos mudar.

Não queremos mudar. Queremos esta miséria, admitimo-la, deixamos passar. E alguns de nós até aí estão para insultar, do conforto dos seus sofás, quem, por não ter trabalho aqui – e precisar de trabalhar para, aos 65 anos, não se transformar num fantasma ou num pedinte –, pegou nas malas e numa guitarra e se foi embora.

Ontem, ao deitar-me, imaginei-o dentro do avião, sozinho, a sonhar com o futuro; bem-disposto, com um sorriso nos lábios. Eu vou ter muitas saudades dele, mas sou suspeito. Dói-me saber que, ontem, o meu pai se foi embora.

João Tordo

19
Fev14

MAÇÃO NA RTP1 NO PROGRAMA “PRAÇA DA ALEGRIA”

59abc59

Foi com enorme satisfação, que assistimos ao programa “Praça da Alegria”, onde estiveram presentes o Presidente da Câmara Dr. Vasco Estrela, Armando Fernandes autor do livro”A Mesa em Mação”, e o senhor José António proprietário do restaurante “O Cantinho”.

Gostámos do que foi apresentado e ficámos com a opinião, de que Mação ficou a ganhar com o que foi divulgado pela RTP1.

Damos os parabéns a todos os presentes, que com tamanha dignidade levaram bem alto o nome de Mação. À RTP1, tiramos o chapéu, por esta, de forma simples clara e alegre, saber dar a conhecer aos portugueses e ao mundo, hábitos, costumes e muitos tesouros escondidos na escuridão cultural.

VÍDEO

Amorim Lopes
18
Fev14

MAÇÃO ESTARÁ QUARTA-FEIRA DIA 19 NA RTP1

59abc59

Mação vai estar presente na RTP1 no programa “Praça da Alegria”, a emitir amanhã a partir das 10 horas. Nele participam o Presidente da Câmara DR. Vasco Estrela e o autor do livro “À Mesa em Mação” o senhor Armando Fernandes. A confecionar uma receita, das muitas que o livro pretende divulgar, estará o restaurante o “Cantinho”.

Programa a não perder.

Pedimos desculpa pelos cortes no final das frases.

Aproveitamos para lembrar todos os que gostam de lampreia, que o festival gastronómico tem início no próximo dia 1 de Março, realizando-se este, em vários restaurantes do concelho que aderiram ao evento.

Amorim Lopes
17
Fev14

D. JANUÁRIO, CONVIDA O PRIMEIRO-MINISTRO A VISITAR OPERÁRIOS, CENTROS DE EMPREGO, BAIRROS DE POBREZA…

59abc59

Vivemos uma crise como nunca tínhamos visto. A fome é a companheira diária de muita gente. A pobreza é a lanterna que alumia a tristeza de muitas famílias. Os cortes nos salários, pensões e reformas, são uma das causas, que provocam aos poucos, a transformação do dinamismo económico e popular dos concelhos, em verdadeiro pântano de desalento.

Vejam o que nos diz o antigo bispo das Forças Armadas D. Januário Torgal, quando foi entrevistado pelo nosso amigo António Colaço nos AAA - Animados Almoços:

VÍDEO

Estamos constantemente a ser bombardeados com afirmações como:

A crise já bateu no fundo; Estamos a assistir a um verdadeiro milagre económico; A economia está a subir; O desemprego a baixar; A recessão deixou de nos atormentar.

Qual é o motivo, porque nos é anunciado um mundo de bonança, e ainda, cada vez mais, continuamos a ser massacrados pela tormentosa tempestade?

Pura propaganda!

Hoje foi anunciado que as consultas de pediatria, nos últimos dois anos aumentaram em média 23% e no Hospital Pediátrico de Coimbra 81%. Estes aumentos foram causados por consultas a crianças e jovens com problemas de ansiedade e depressão. Senhor Primeiro Ministro "Que quem já é pecador sofra tormentos, enfim! Mas as crianças, Senhor porque lhes dais tanta dor?! Porque padecem assim?!..."

O senhor Primeiro Ministro, que tanto apregoa a bonança, devia de aceitar o convite do D. Januário e visitar operários, bairros de pobreza…

Devia de vir até ao Portugal real e ver como vive o humilde Povo. Devia de vir sentir o sofrimento das crianças e jovens. Devia de vir aos concelhos do interior e observar os autênticos desertos, em que estes aos poucos vão sendo transformados.

Encerram Tribunais; Vão acabar Serviços de  Finanças; A23 a pagar; Ruas desertas durante a noite; Comércio sem consumidores; Que mais irá acontecer?

Resta-nos a triste conclusão: Deixámos de ser beneficiários e contribuintes, para, aos poucos, passarmos a ser unicamente contribuintes.

“Abre os olhos mula!...”

Amorim Lopes

Pág. 1/3

Mais sobre mim

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2015
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2014
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2013
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2012
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2011
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2010
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D

MAIL

amorimnuneslopes@sapo.pt
Em destaque no SAPO Blogs
pub