DUARTE MARQUES
Esta situação da colocação de professores assume proporções inaceitáveis. É inconcebível que o Secretário de Estado da Administração Escolar não venha a público esclarecer uma situação pela qual é responsável. Em devido tempo Nuno Crato assumiu a responsabilidade por erros que lhe eram alheios, mas Ministro é assim, tem de assumir a responsabilidade e em último caso ele é o chefe. Mas depois dos erros da colocação através da BCE, muitos professores são induzidos em erro face à deficiente comunicação que foi feita à comunidade escolar. É tempo de, uma vez por todas, dar a cara, explicar a solução e esclarecer devidamente os professores a quem foi dada garantia de colocação e que já alteraram as suas vidas por causa disso. O Ministério da Educação garantiu que nenhum professor seria prejudicado, é isso que vai acontecer, mas não é isso que parece face à informação divulgada pelo Ministério. Pelos vistos não basta substituir Directores gerais, é necessário que os responsáveis políticos assumam as suas responsabilidades e venham a público dar a cara pelas áreas que dentro do MEC estão sob a sua responsabilidade. Este governo já nos habituou a dar a cara nos momentos mais difíceis, a assumir responsabilidades e a não ter complexos no momentos de assumir as notícias mais difíceis. Infelizmente nem todos têm a mesma coragem. É incrível como o país não consegue resolver de vez o problema da colocação de professores, nos últimos 15 anos já se torna uma espécie de ritual: problemas na colocação de professores.
Acabámos de ler um texto que foi escrito pelo nosso amigo Duarte Marques, publicado no Facebook.
Gostámos do que lemos!
Como político, mostrou a sua independência perante o caos que se instalou no ensino e teve a coragem de sugerir a demissão dos “pais da cria”.
Tamanha atitude, ajuda a dignificar a juventude Maçanica e o povo de Mação.
Infelizmente para todos nós, além do problema ensino, temos que conviver com muitos mais:
Negócio dos submarinos e blindados Pandur e as respetivas contrapartidas.
Justiça e o programa informático “Citius”.
O caso “Tecnoforma” e o envolvimento do Primeiro-ministro.
O caso BES e o seu envolvimento com o “aparelho” político.
Será que ainda não chegou a hora de dar um valente safanão na tão amarga situação que todos nós vamos saboreando?
Pensamos que chegou o momento das demissões, e entregar as rédeas do poder a homens mais responsáveis.
É hora de acordar.
Amorim Lopes