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DÁDIVAS

E agora é o acaso quem me guia. Sem esperança, sem um fim, sem uma fé, Sou tudo: mas não sou o que seria Se o mundo fosse bom — como não é!

E agora é o acaso quem me guia. Sem esperança, sem um fim, sem uma fé, Sou tudo: mas não sou o que seria Se o mundo fosse bom — como não é!

DÁDIVAS

12
Jun15

EMPRESÁRIO PAGA SALÁRIOS ACIMA DA MÉDIA

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Tivemos conhecimento de um vídeo respeitante a um trabalho feito pela SIC, já com alguns meses mas a refletir a realidade. No referido trabalho, um empresário paga aos trabalhadores ordenados acima da média – 1400 Euros, férias e põe à disposição do pessoal um ginásio, para estes manterem uma boa forma física.

Quanto a nós, é uma boa aposta para manter todo o pessoal motivado.

penamacor.PNG

 

Na realidade Armindo Borges, o ‘patrão’ da Ibersaco, uma empresa de Penamacor, distrito de Castelo Branco, que produz sacos em ráfia, gosta de ver as pessoas felizes, retribuindo-lhes esse gesto no salário e condições.

Nesta empresa tudo funciona como uma autêntica equipa e, mesmo o patrão, Armindo Borges, também dá uma ajudinha, sempre que necessário.

Os funcionários da Ibersaco, para além de ganharem muito acima da média nacional, podem disfrutar de um ginásio nas instalações da empresa, para além de umas férias anuais pagas pela mesma, algo exemplar em Portugal.

Armindo Borges pode ser visto como um dos melhores patrões em Portugal, face às condições e salários oferecidos na maioria das empresas.

Para este empresário, o esforço destas pessoas deve ser recompensado e, segundo o mesmo em declarações à SIC (ver vídeo), ‘o objetivo é que todos os trabalhadores possam vir a ter um salário semelhante a um de um ministro, porque não são inferiores a eles, nem em competência profissional, nem do ponto de vista intelectual’.

Para Armindo Borges, estes homens e mulheres não são vistos como colaboradores, mas sim como uma família, é dessa forma que descreve os seus funcionários.”

 

A esperança em Portugal parece que ainda não está perdida

VÍDEO

 Amorim Lopes

11
Jun15

MAÇÃO – 10 DE JUNHO 2015 – HOMENAGEIA OS COMBATENTES

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Repetindo o que vem sendo um hábito em anos anteriores, Mação homenageou os seus combatentes numa cerimónia realizada no largo do Cine Teatro, levada a cabo pela Liga dos Combatentes e Câmara Municipal de Mação.

O acontecimento, teve o seu início às 11,30 horas no Largo dos Combatentes com colocação de coroas de flores nos monumentos ali existentes.

A anteceder o início da cerimónia, a Filarmónica União Maçaense fez uma arruada. No Largo dos Combatentes, o acontecimento foi abrilhantado pela belíssima atuação da banda, terminando com as intervenções verbais de vários intervenientes.

A finalizar o evento, realizou-se o tradicional almoço/convívio no Restaurante Avenida.

Da cerimónia que acabámos de relatar, é o vídeo que seguidamente publicamos.

VÍDEO

 Amorim Lopes

09
Jun15

A REINVENÇÃO DE PASSOS

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Passos, apresentou-se como um homem de roturas quando tomou nas suas mãos as “rédeas” do PSD, incumpridor de promessas enquanto governou, frio e insensível face á fome e à pobreza que infligiu ao Povo, vem agora, prometer governar com uma mescla de estabilidade e previsibilidade. Não acreditamos!

Será que entre nós há gente que acredita nas palavras levianas de quem nos desgoverna?

Por nossa parte estamos fartos de palavras vãs.

Ultima hora: Polícias alcançam a reforma aos 60 anos de idade; 36 anos de serviço; pré-reforma aos 55 de idade. Vão ser aumentados 50 euros.

Mas que bem trabalham os nossos governantes…

Segue texto de Pedro Adão e Silva publicado no Expresso.

TEXTO

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Amorim Lopes

 

07
Jun15

C.D.R. DE CHÃO DE LOPES – ALMOÇO/CONVÍVIO NO POÇO MOURÃO 2015

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Como vem sendo habitual, realizou-se no último sábado o almoço/convívio no Poço Mourão.

Tudo decorreu como estava programado, com boa comida, boa “pinga” fresca, sobremesas variadas e bastante gulosas, café e a boa medronheira. A terminar, os cantares populares marcaram a sua presença, para alegrar e unir o já muito unido e saudável convívio existente.

Tiramos o chapéu à Organização pelos bons momentos que nos proporcionaram, pela organização demonstrada e pelo empenho e dedicação que tiveram para concretizar o evento anunciado.

VÍDEO

Amorim Lopes 

07
Jun15

“NÃO CONSEGUI AGUENTAR. DESATEI A CHORAR”

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Hoje no meu voo de Geneve para o Porto, um voo carregado de emigrantes Portugueses sentou-se junto a mim mais um deles. Nada de novo até aqui.

Minutos depois de ter pedido uma sandes que apenas consegui comer metade e por trás dos auriculares ligados a um iPhone oiço uma voz. “Deve querer ir a casa de banho”, pensei. Instantaneamente levanto-me… mas não. Um sorriso indica que e outra coisa. Tiro um auricular. “Ainda vai comer mais? Importa-se que fique com o resto?”. E nestes momentos, nestes segundos em que saímos dos nossos hiper-conectados mundos e do nosso stress diário que caímos naquela que e a essência humana. Disse-lhe que não, chamei o chefe de cabine e pedi mais uma sandes. Dei-lha.

Mas esta história para mim foi muito mais que uma sandes ou um momento semi auto-congratulante para colocar no Facebook, foi um verdadeiro reality-check.

Ao conversar com o José (raramente o faço num voo), fiquei a conhecê-lo melhor. 40 e muitos como diz ter mas sem querer concretizar, há ligeiramente mais de 2 anos a trabalhar em Vevey na Suíça. Trabalha na construção, vive com 2 colegas e não vê a mulher e as duas filhas há mais de 2 anos. Dois anos!!! Perdeu a entrada da filha na universidade – mas não reclama porque diz que é para isso (e que para a outra também possa ter esse “luxo”) que está na Suíça. O skype ajuda, diz mas a “saudade mata”. E foi para isso que poupou e comprou este voo. Vai ver as filhas, a mulher, a mãe que não vê ha tanto tempo. Vão estar no aeroporto, assegura-me. Não duvido. Diz que saiu de Portugal depois de a fábrica onde trabalhou quase 20 anos ter fechado, não encontrou mais nada em quase um ano de procura. “sou trapo velho” diz.

Como é possível aguentar esta saudade? Como e possível não se queixar? Como é possível dizer-me que está “bem”? Como e possível trabalhar “das 8 às 10″ (faz um part-time também) para poder mandar dinheiro para Portugal para a Rita e a Sofia? E mesmo assim sorrir?

Não consegui, enquanto soltava lágrimas num misto de perplexidade e compaixão, ele ria-se. “Não estou doente homem. Não há motivo para chorar”.

É de facto esta a geração que está na lama. Não os 20-something, não os “cérebros que fogem”, são os pais desses cérebros – chamemos-lhes os músculos. Esses tem muito menos oportunidade, muito menos capacidade de se adaptarem. Esses estão a reconstruir uma vida depois de já terem construído uma. Esses estão a passar pela maior privação de todas. Estar longe da família que criaram, das pessoas que amam.

Boa sorte José, e obrigado por este momento.

Fonte: Facebook de Ricardo Sousa 

 

Será que Abril foi feito para “parir” situações como as que acabam de ser relatadas? Não!

Será que votámos para eleger governos que originam situações como as que acabam de ser referidas? Não!

Será que devemos de nos manter alheios, indiferentes e insensíveis, a todo um Povo que aos poucos vai sendo lançada na “lama”, fome e na miséria? Não!

Pensamos que é chegada a hora, de todos, conscientemente, analisarmos os factos e reagirmos às adversidades do mundo injusto em que vivemos. É chegada a hora de abraçarmos a mudança ou de acarinharmos a continuidade.

Se já tantas lutas houve para tentar construir um mundo mais justa e socialmente mais fraterno, pensamos que valerá a pena a mudança, “porque para pior já basta assim”.

Está na hora de abrirmos os olhos, e unidos: “Fazer Portugal”.

Amorim Lopes

 

05
Jun15

PARA CONSEGUIR UMA SEGURANÇA SOCIAL SUSTENTÁVEL TEMOS QUE ESTRUTURAR A ECONOMIA

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Para nós, as causas da insustentabilidade da Segurança Social, estão nas medidas governativas tomadas, que provocaram elevado índice de desemprego e a saída, em elevado número, de portugueses para o estrangeiro.

Com a descida acentuada das receitas e o aumento das despesas – aumento do número de pensionistas e pagamento de apoios sociais, não há sustentabilidade que resista.

Pensa o Governo, para arranjar os 600 milhões, é cortar  nas pensões ou aumentar os impostos. Errado. Com tais medidas, provoca a diminuição do poder de compra e consequentemente, o aumento do desemprego e continuação da insustentabilidade da Segurança Social.

Só com medidas mais profundas e estruturantes da economia, se consegue inverter a situação que temos vindo a assistir.

Segue texto escrito por Pedro Adão e Silva, publicado no Expresso:

TEXTO

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Em matéria de segurança social, o Governo foi “ao infinito e mais além” da troika. Nada como ler o Memorando. Na sua versão inicial, o tema pensões era praticamente ausente.

O que se tem passado com as pensões é o melhor observatório político dos últimos 4 anos. Estamos mesmo perante um caso em que a expressão “ir além da troika” é desadequada. Em matéria de segurança social, o Governo foi “ao infinito e mais além” da troika. Nada como ler o Memorando. Na sua versão inicial, o tema pensões era praticamente ausente. Para BCE, Comissão e FMI, com a reforma de 2007, Portugal tinha passado a ser um dos países onde o risco de sustentabilidade financeira do sistema de pensões era menor.

No que toca a pensões, o Memorando previa apenas uma redução das pensões acima dos 1500 euros, congelamento do seu valor e englobamento do rendimento das pensões para efeitos de IRS. Depois, o Governo iniciou a sua caminhada imparável rumo ao experimentalismo económico, concentrou uma dose excessiva da austeridade no primeiro exercício orçamental e os resultados são conhecidos: colapso da economia, brutal aumento de impostos para compensar o falhanço e cortes sem critério nos maiores agregados da despesa, à cabeça as pensões. Estimativas conservadoras apontam para uma perda de 9 mil milhões de euros na segurança social neste período, resultado combinado da queda das contribuições e do aumento da despesa com subsídio de desemprego.

Sem nenhuma reflexão e, pior, sem qualquer planeamento, o sistema previdencial tornou-se, num ápice, vítima privilegiada da degradação económica e da deterioração do contexto demográfico. Com consequências: a confiança (um ativo fundamental de qualquer sistema de segurança social) ficou ferida, as clivagens geracionais foram cavalgadas politicamente e as condições para alterações negociadas e passíveis de estabilizar as regras do sistema saíram diminuídas. É esse o legado deste desgoverno na segurança social.

O reforço da sustentabilidade da segurança social precisa, acima de tudo, de recuperação económica e de uma retoma da confiança, mas requer também uma repartição do esforço, que não pode recair só nos atuais ativos, e muito menos apenas na contribuição do fator trabalho. Ao mesmo tempo que uma estratégia de reforma tem de incidir também no regime não contributivo e nas pensões mínimas. Infelizmente, por culpa do atual Governo, as condições para um compromisso amplo são, hoje, muito escassas.

Agora a situação é de facto de rutura, como reconheceu a ministra das Finanças: se continuarmos a escavacar a economia, a destruir emprego ao ritmo dos últimos anos (mais de 400 mil postos de trabalho), a incentivar os jovens qualificados a saírem da sua zona de conforto e a emigrarem (outros 400 mil) e a fazer colapsar as contribuições e a aumentar a despesa com proteção no desemprego, não há segurança social que resista. Aliás, não há nada que seja sustentável: nem pensões, nem sistema educativo, nem serviço nacional de saúde, nem sequer as mais elementares funções de soberania.

01
Jun15

A DOR É UM PASSO NECESSÁRIO PARA A CURA?

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Passos Coelho, ao afirmar - “Ninguém está certo de conseguir produzir uma política que garanta a felicidade seja de quem for. Não acredito em coisas dessas. De resto, nem acredito na felicidade.” E também dizer que - “o objetivo que temos é vencer a doença, não é perguntar se as pessoas durante esse processo têm febre, têm dor ou se gostam do sabor do xarope”, diz bem o que lhe vai na alma – empobrecer Portugal custe o que custar.

Um governante que vê a dor como um passo necessário para cura, é uma pessoa com coração frio, é uma pessoa sem sentimentos.

Para retirar o País da grave situação em que se encontra, é necessário arranjar a cura sem dor, ou na impossibilidade, procurar infligir a menor dor possível.

Entrando no campo da medicina, presentemente, utilizam-se todas as “armas” para que durante a cura, os doentes, sofram o menos possível com a dor. Razão porque surgiu a “Medicina da Dor”.

Em defesa da medicina da dor

(Eduardo Paz Ferreira, in Expresso, 30/05/2015)

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Tornou-se muito frequente o recurso a metáforas médicas a propósito das políticas de austeridade. A elas recorre quem se interroga sobre se a austeridade mata ou se a austeridade cura, bem como quem a classifica voodoo economics. Recentemente, o primeiro-ministro português elevou essa prática a um novo patamar, ao declarar à Rádio Renascença que “o objetivo que temos é vencer a doença, não é perguntar se as pessoas durante esse processo têm febre, têm dor ou se gostam do sabor do xarope”.

É sabido o grau de insensibilidade dos arautos da austeridade e particularmente dos funcionários das troikas que, tal como os padres da Inquisição, se consideram incumbidos de um mandato divino que os obriga a não se ocuparem do sofrimento que provocam, em nome da missão transcendental que lhes foi confiada.

O alinhamento do primeiro-ministro português por uma versão totalmente ultrapassada da medicina não deixa, ainda assim, de impressionar.

Começou no século XIX um debate sobre a dor na medicina, originado num texto dramático da escritora Frances Burney, em que esta descreve a mastectomia de que foi objeto sem anestesia.

Mesmo que se possa dizer que o século XIX é ainda um período histórico em que a dor é considerada inultrapassável, crescentemente deixa de se lhe atribuir qualquer efeito de purificação, como sucedia anteriormente e acelera-se uma luta sem quartel para a sua supressão, assumindo-se a como um inimigo fundamental nos séculos XX e XXI, como é brilhantemente descrito num livro de Joanna Bourke, “The Story of Pain. From Prayers to Painkillers” (Oxford University Press, 2014),

A preocupação moderna de assegurar que os doentes não sofrem dores desnecessárias, que tem até expressão no grande esforço dos hospitais portugueses para porem de pé serviços de medicina da dor, não é sopesada pelo primeiro-ministro que, provavelmente impressionado pelas teorias alemãs da culpa e da expiação, vê na dor um passo necessário da cura.

A dimensão humana da medicina nos nossos dias é central em todos os tratamentos e, consequentemente, não pode deixar de passar para qualquer metáfora política. A consulta do magnifico livro de Atul Gawande, “Ser Mortal”, recentemente traduzido, com um excelente prefácio de João Lobo Antunes, ajuda a situar a medicina na sua versão contemporânea.

Mas se posso, eu também, recorrer a metáforas médicas, sempre direi que os portugueses estão tão anestesiados que nem se dão conta destas declarações, tal como não repararam numa anterior do primeiro-ministro (apenas retida pelo “Observador”): “Ninguém está certo de conseguir produzir uma política que garanta a felicidade seja de quem for, não acredito em coisas dessas. De resto, nem acredito na felicidade.”

Não digo que o primeiro-ministro esteja sozinho nessa conceção e sei que a sua legitimidade política resulta de uma vitória eleitoral, na sequência de uma campanha em que estas perceções do mundo não foram, em qualquer caso, devidamente comunicadas aos cidadãos, mas a compaixão é uma qualidade fundamental da governação, tal como a felicidade e isso disseram-no, já em 1776, os founding fathers da América.

 

Já nada nos espanta, que para equilibrar economicamente a situação, possamos vir a ver embarcar no “expresso dos cortes” as Unidades de Medicina da Dor.

Dor precisa-se? Nãoooooooooooooooooooooooooooooooooooo!

Amorim Lopes

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