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DÁDIVAS

E agora é o acaso quem me guia. Sem esperança, sem um fim, sem uma fé, Sou tudo: mas não sou o que seria Se o mundo fosse bom — como não é!

E agora é o acaso quem me guia. Sem esperança, sem um fim, sem uma fé, Sou tudo: mas não sou o que seria Se o mundo fosse bom — como não é!

DÁDIVAS

31
Ago15

JUSTIÇA – REAÇÕES À BOMBA LANÇADA POR PAULO RANGEL

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Carlos Paz

 A ver se eu percebi bem o que disse o sr deputado do PSD, ex militante do CDS, Paulo Rangel: Porque o PSD está no governo foi possível prender Sócrates, do PS e Ricardo Salgado, amigo de Mário Soares. Pelo mesmo raciocínio quer então dizer que o BPN (PSD), os Submarinos (CDS) nunca foram julgados porque o PSD e o CDS estão no Governo. Pela mesma lógica José Maria Ricciardi, amigo de Passos Coelho, pode livremente continuar a ser Administrador de um Banco (quando foi SEMPRE Administrador do Grupo BES / GES). por outras palavras, Paulo Rangel reconheceu PUBLICAMENTE que o PSD assegurou o CONTROLO da Justiça enquanto foi Governo. O homem estará bom da cabeça?

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Na campanha do vale tudo, a tudo se lança mão.

Bastante triste, é continuar a ver o povo a ser tratado em segundo plano e a mentira, a ser a arma mais frequentemente arremessada. Enquanto as armas democráticas continuam a ser desprezadas, trémulos flashes iluminam pequenos sinais totalitários.

Unidos para voltar a ver Abril sorrir.

Amorim Lopes

 

31
Ago15

A VENDA DA TAP SERÁ DECIDIDA PELA AdC

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Relativamente à venda da TAP, Bruxelas acaba de se declarar “incompetente para julgar o caso”por considerar que a operação de privatização da companhia não tem dimensão europeia.

Em tempos, o negócio teve certas limitações porque se dizia que o Governo era obrigado a cumprir determinadas diretivas. Hoje, sabe-se que Bruxelas entende não se pronunciar sobre o caso e dá-nos toda a liberdade para negociar.

Primeiro tínhamos que cumprir regras. Agora somos livres para negociar.

Tudo isto me “cheira a esturro”!

Sobre o assunto, seguidamente publicamos um texto do Professor Universitário Carlos Paz, que concordamos com a quase totalidade:

TEXTO

TAP – Mais uma monumental ALDRABICE!

 

O secretário de estado das privatizações, Sérgio Monteiro, RECUSOU-SE a prestar esclarecimentos à Assembleia da República sobre a PRIVATIZAÇÃO da TAP.

De acordo com o senhor secretário de estado, tal recusa deveu-se à confidencialidade dos dados de AVALIAÇÃO da TAP. Por outras palavras: o Governo estava a vender uma propriedade NOSSA, recusando-se a prestar esclarecimentos sobre a venda aos proprietários (NÓS TODOS) ou aos seus representantes (Deputados eleitos, de TODAS as cores políticas).

Hoje, 24 de Agosto de 2015, ficámos a saber a verdadeira razão:
- TUDO o que o Governo disse sobre a PRIVATIZAÇÃO da TAP é MENTIRA. Pura ALDRABICE!

Fomos convencidos pelo Governo que a venda NUNCA poderia ocorrer às Empresas que manifestaram interesse pela TAP e que a poderiam desenvolver e capitalizar (Emirates, Qatar, Turkish, Ethiad, etc…), para além de estarem (TODAS) dispostas a PAGAR muito mais pela TAP do que os valores ridículos pelos quais foi vendida.

Dizia o Governo que se tinham de cumprir as regras de Bruxelas que IMPEDIAM a venda da TAP a empresas fora da Europa. Hoje, Bruxelas esclareceu: a companhia é DEMASIADO pequena para provocar preocupações de concorrência europeia – por outras palavras: vendam-na a quem quiserem pelo valor que quiserem!

Fomos TODOS, uma vez mais, ENGANADOS em todo este processo:
- Não era necessário vender a empresa ao desbarato;
- Não era obrigatório vender a empresa a empresários descapitalizados;

O problema é que uma venda (BOA para os Portugueses – a bons valores e a quem quisesse desenvolver a companhia) não serviria os interesses instalados, porque:
- Não pagaria as comissões políticas que esta pagou (de elevado interesse em ano em que é necessário financiar a campanha eleitoral);
- Instauraria de IMEDIATO uma auditoria aos CRIMES de Gestão que têm sido cometidos na TAP (por gestores e comissários políticos de TODAS as cores partidárias).

Onde estão agora os jornalistas, os comentadores, os trabalhadores, os sindicatos, os movimentos de cidadãos, os políticos da oposição?
Bem sei que andam TODOS entretidos em Campanha Eleitoral. Mas, agora que estamos a ser ROUBADOS DESCARADAMENTE é que era necessária a sua intervenção! Onde estão?

Recordo que, com a Assembleia da República de férias e com o período eleitoral, já não existe NENHUMA entidade que possa fiscalizar o Governo.

E o negócio RUINOSO para todos nós vai MESMO ser concretizado!

Espero que, um dia, tarde ou cedo, TODOS os CRIMES cometidos (Corrupção, Abuso de poder, Participação em negócio, Abuso de informação privilegiada, Desvio de fundos, etc.) em TODOS os processos de Privatização dos últimos 10 anos NÃO fiquem IMPUNES!

29
Ago15

SE PS FOSSE GOVERNO SALGADO E SÓCRATES NÃO SERIAM INVESTIGADOS

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A frase escrita na imagem que acabámos de publicar, em destaque no SOL, foi dita pelo Eurodeputado Paulo Rangel, numa aula da Universidade de Verão do PSD.

Ao fazermos a sua interpretação, concluímos que Sócrates e Salgado foram investigados porque o PSD estava no governo.

Mais podemos deduzir: os dois casos em investigação só existem porque não são casos de polícia mas sim casos políticos.

Será que são mesmo casos políticos?

Nós pensamos serem de polícia e políticos.

Será que estes casos foram “lançados” como estratégia, pela Coligação,  para poder alcançar a 4 de Outubro a vitória?

Neste mundo já nada nos espanta!

Amorim Lopes

27
Ago15

A PT VAI A CAMINHO DE SER UMA EMPRESA DE VÃO DE ESCADA

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Nos últimos tempos, o Governo tem vindo a lançar mão das privatizações, não para melhorar as condições em que vivemos, mas para concretizar um ideal que faz parte da sua matriz ideológica.

Privatiza-se ou concessiona-se não para melhorar as condições de vida de todos nós, mas para que, os “vendilhões do templo”, se vejam livres de “presas”, que ajudarão a engordar a “corte” que ao seu redor vai dançando a preceito.

Vejam o que se passa com a PT:

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Expresso Diário de 24 de Agosto de 2015

Armando Pereira, atual chairman da PT e homem de absoluta confiança do enigmático multimilionário francês de origem israelita, Patrick Drahi, o todo poderoso dono da Altice, deve pensar que somos todos parvos. Agora apadrinhou um denominado «Projeto Valor», um inquérito dirigido aos 11 mil trabalhadores da PT para saber que funções têm desempenhado ao longo dos anos, que formações acumularam e se estão disponíveis para mudar geograficamente do local onde trabalham. Ora como só por absurdo se pode imaginar que a PT não tem todas estas informações em carteira no seu departamento de recursos humanos, a conclusão é óbvia: o que se pretende é encontrar motivos para um vasto programa de despedimentos, que vai ocorrer depois das eleições legislativas de 4 de outubro.

Desde que a Altice entrou no mercado português, comprando a ONI e a Cabovisão, utiliza sempre a mesma técnica: suspende e adia os pagamentos aos fornecedores e, para quem fica com a corda na garganta e precisa de receber de imediato, propõe-lhes fazer isso mas com um corte de 30% a 50% naquilo que têm direito a receber; quanto aos trabalhadores procede rapidamente a despedimentos. No caso da PT está a seguir exatamente o mesmo padrão: suspensão e arrastamento do pagamento aos fornecedores; e prepara agora os despedimentos.

Armando Pereira, o herói de Vieira do Minho, como lhe chamou o ministro António Pires de Lima, por ter ali inaugurado um «call center» para 40 pessoas em instalações cedidas pela autarquia local, não está minimamente preocupado com a qualidade de serviço que a PT presta aos seus clientes ou com a sua importância na economia portuguesa. O que verdadeiramente domina a sua ação é reduzir de imediato os custos com pessoal e fornecedores e libertar o maior montante possível de «cash» para amortizar parte do enorme endividamento a que a Altice tem recorrido para fazer compras um pouco por todo o mundo. E para atingir rapidamente esse objetivo, a ética é um enorme empecilho.

Até agora o que a «excelência» da gestão de Armando Pereira conseguiu foi tomar sucessivas medidas que vão tornar, a não muito longo prazo, a PT numa empresa sem qualquer relevância internacional, nacional ou na área da investigação, uma empresa de vão de escada e que deixou de ser confiável para com os seus clientes e fornecedores

O facto é confirmado pela Associação Nacional de Empresas de Tecnologia de Informação e Eletrónica (ANETIE) que diz que o que a PT está a fazer, em matéria de adiamento de pagamento e pressão sobre os preços, «vai além do aceitável». Há empresas que não recebem há três e quatro meses e a pressão sobre as mais pequenas está a conduzir algumas à beira do colapso. Quinze dias depois de ter assumido a gestão da PT, em meados de junho, a operadora começou a enviar cartas a todos os seus fornecedores, propondo uma redução unilateral dos preços entre 15% e 30%, uma técnica que já tinha utilizado quando comprou a ONI e a Cabovisão.

A libertação de «cash» rapidamente é a única coisa que motiva Armando Pereira e a sua equipa. A aposta na investigação, no desenvolvimento de novos serviços, no cumprimento do serviço universal, na internacionalização ou na motivação da equipa são coisas absolutamente secundárias, só referidas para Pires de Lima e Paulo Portas (que recebeu em Lisboa o patrão da Altice antes deste comprar a PT) não ficarem mal na fotografia.

Como consequência, os trabalhadores da operadora vivem uma situação de desmotivação, desânimo e medo, o que está a ter reflexos no serviço prestado pela PT aos seus clientes, que começa a apresentar falhas e deixou de anunciar qualquer inovação. Foi isto que até agora a «excelência» da gestão de Armando Pereira à frente da PT conseguiu: tomar sucessivas medidas que vão tornar, a não muito longo prazo, a PT numa empresa sem qualquer relevância internacional, nacional ou na área da investigação, uma empresa de vão de escada e que deixou de ser confiável para com os seus clientes e fornecedores.

Quanto aos despedimentos, eles só ocorrerão em força depois de 4 de outubro. É fácil, facílimo imaginar porquê. Quem, a nível político, apadrinhou a Altice, não quer ser julgado pelos seus atos relacionados com o triste destino da PT antes dos eleitores irem votar.

 

Mas que mais nos irá acontecer?

Em 4 de Outubro, o sol brilhará? Ou será triste, iluminando o progresso da continuidade – mais fome, mais miséria, menos estado social?

Amorim Lopes

26
Ago15

PEREIRO CAITAL DAS RUAS ENFEITADAS 2015

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As ruas enfeitadas do Pereiro de Mação foram oficialmente inauguradas ao fim da tarde desta terça-feira. Além de muitas outras entidades, estiveram presentes: o presidente do Turismo do Centro de Portugal Dr. Pedro Machado; o presidente do Médio Tejo e do Município de Abrantes Dr.ª. Maria do Céu Albuquerque e do município anfitrião (Mação) Dr. Vasco Estrela. A cerimónia teve lugar debaixo da flor de esteva gigante montada no Largo do Arraial, com a presença de bastante público.

Recorde-se que a partir de hoje e até domingo estão à disposição dos visitantes vinte ruas e largos enfeitados com as mais variadas cores e feitios. A entrada é gratuita.

VÍDEO

 Amorim Lopes

 

24
Ago15

UMA “VOZ DE ALERTA” NO PARLAMENTO

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Ao viajarmos nas páginas do jornal Expresso, deparámo-nos com o texto Uma “voz de alerta” no Parlamento.

Movidos pela curiosidade, verificámos que este se referia a uma invisual – Ana Sofia Antunes – que concorre a deputada, nas listas do PS, pelo Círculo de Lisboa, nas próximas Eleições Legislativas.

Se concretizar o seu legítimo sonho, será uma voz que se levanta a defender os cegos e todas as pessoas com deficiência, que recusam um dia ser marginalizados.

 

TEXTO

Cega de nascença, candidata do PS às legislativas fará dos direitos dos deficientes a bandeira do seu mandato

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Texto de: JOANA PEREIRA BASTOS

A bengala ajuda a tatear o caminho. Sem despistar obstáculos no longo corredor alcatifado, Ana Sofia avança com passos firmes mas vagarosos. Ao fim de alguns metros, no entanto, há algo de diferente por baixo dos seus saltos altos. O chão já não é aveludado, o que prenuncia uma mudança. Vários centímetros à frente, a bengala nota uma inclinação. Um, dois, três degraus. “E agora? A porta do hemiciclo fica à esquerda ou à direita?”. Lentamente, o mapa do Parlamento começa a desenhar-se na mente de Ana Sofia Antunes, cega de nascença e candidata do PS às legislativas, que deverá ser a primeira pessoa com deficiência a chegar a deputada.

Se for eleita — estando em 19º lugar pelo círculo de Lisboa tudo indica que sim —, a presidente da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (Acapo) não tem dúvidas: fará dos direitos dos deficientes a sua bandeira. “Obviamente será essa a minha causa. Serei uma voz de alerta para chamar a atenção para coisas muito simples que podem facilitar enormemente a vida das pessoas com deficiência, de que muitas vezes as outras pessoas nem sequer se lembram”.

Para a advogada, de 33 anos, as pessoas com deficiência não se sentiam, até agora, devidamente representadas, o que se reflete em altos níveis de abstencionismo. “Como poderíamos sentir-nos se nem sequer podemos votar sozinhos, sem ajuda de alguém?”, questiona.

A “acessibilidade do voto” é, precisamente, uma das medidas por que vai bater-se no Parlamento. Não é difícil, nem muito dispendiosa, garante. Basta dispor cada local de voto de uma matriz em Braille, uma espécie de escantilhão que se põe por cima do boletim e que indica o nome de cada partido, à frente do qual está um quadrado vazado. Fazendo uma cruz nesse espaço, o cego estará na verdade a inscrevê-la no boletim normal que se encontra por baixo. “Desse modo, não teremos de passar pela situação humilhante de ter de pedir a alguém que vote por nós”, explica.

A educação especial, que “regrediu brutalmente nos últimos anos”, a acessibilidade pedonal e o combate à discriminação, nomeadamente no que diz respeito ao emprego, serão outras das suas preocupações.

A este nível, Ana Sofia sabe do que fala. Terminou o curso de Direito com a terceira melhor média do seu ano, mas esteve seis meses até conseguir que algum escritório de advocacia a aceitasse para estagiar, ao contrário dos seus colegas que conseguiram colocação imediata. “Foi a fase mais dura da minha vida”, confessa.

Os futuros patrões não percebiam como é que alguém que não vê poderia ler os calhamaços de processos que enchem os escritórios de advogados. Mas um simples software instalado no seu portátil resolveu o problema. O programa de voz lê o conteúdo dos textos que estão a ser projetados no ecrã, desde que estejam em Word e não em PDF.

Foi com esse software que trabalhou como jurista da Câmara de Lisboa, onde entrou em 2007 pela mão da então vereadora da oposição, Helena Roseta. Dois anos depois, Ana Sofia passou a trabalhar diretamente com o vereador da Mobilidade, Fernando Nunes da Silva, tendo coordenado o plano de acessibilidade pedonal direcionado para pessoas com deficiência, que começará agora a ser executado, com a eliminação de obstáculos em passeios e edifícios públicos.

Foi o trabalho na autarquia que levou António Costa a convidar a jurista, presidente da Acapo desde o ano passado. Mesmo que não seja eleita, Ana Sofia acredita que já ganhou. Ela e todas as pessoas com deficiência, diz. “Abriu-se uma porta que nunca se tinha aberto. Até hoje, nenhuma pessoa com deficiência foi eleita para um cargo público. Mas agora há uma nova esperança. Se pode haver um deputado, também pode haver um ministro ou um autarca, como acontece lá fora”.

Fazemos votos que no dia 5 de Outubro 2015, se possa comemorar o dia da Républica e simultaneamente, a vitória dos invisuais, que pela mão do PS, passarão a poder erguer a voz no Parlamento

Amorim Lopes

 

19
Ago15

UMA ESPÉCIE DE RÉVEILLON

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UMA ESPÉCIE DE RÉVEILLON 

18.08.2015

MARIANA MORTÁGUA

A "festa do Pontal" não é uma rentrée, mas uma espécie de réveillon. Romantiza-se o passado, para nunca admitir que as resoluções do ano anterior falharam redondamente, e repetem-se as falsas promessas de sempre, tão vagas quanto possível, para que o seu cumprimento seja de difícil cobrança. O que Passos Coelho pediu ao país, no Pontal, foi que se entregasse a um exercício coletivo de negação sobre os últimos quatro anos e embarcasse na sua prodigiosa fantasia de noite de ano novo.

"A economia já não vive de endividamento". A dívida pública subiu 24 pontos percentuais (fechou 2014 em 130% do PIB quando o memorando previa um máximo de 114%). A dívida privada reduziu-se em cerca de 37 mil milhões. Mas o endividamento total do setor privado não financeiro mantém-se nos 412 mil milhões de euros. A economia portuguesa não só continua a viver endividada como canalizará para o seu pagamento a maior parte dos seus recursos nas próximas décadas. A par disto, não esqueçamos o estrondoso aumento do crédito às famílias nos últimos meses. Nada mudou do ponto de vista estrutural a este nível.

"Resolvemos o problema externo". Mas a dívida exterior continua acima dos 400 mil milhões de euros, e aumentou entre dezembro de 2014 e março de 2015. As exportações aumentaram, é verdade, em linha com o que aconteceu em toda a Europa. As importações reduziram, em linha com o aumento da pobreza e da emigração. Mas de cada vez que a procura interna aumenta (e é ela que sustenta o PIB), as importações crescem mais que as exportações e o défice reaparece. Nada mudou do ponto de vista estrutural a este nível.

"Não, a pobreza não aumentou". É a própria Cáritas que o diz, Portugal foi o país em que mais aumentou o risco de pobreza e de exclusão social. Mais de 2 milhões são pobres e, segundo o INE, estão mais longe de deixar de o ser. A pobreza extrema é maior.

"Conseguimos reduzir o desemprego". No segundo trimestre de 2011 havia 4 milhões e 799 mil pessoas empregadas. Hoje são menos 218 mil.

"Hoje vive-se melhor em Portugal". Mas a percentagem de trabalhadores a receber o salário mínimo aumentou 70%. Não basta os desempregados, 20% das pessoas empregadas sobrevivem com 500 euros por mês.

A pobreza, o desemprego e a redução dos salários. São estas as verdadeiras reformas estruturais conseguidas. São as promessas nunca feitas, mas cumpridas. O resto são discursos de réveillon, 12 desejos ao sabor de 12 passas, todos gastos a pedir por uma amnésia generalizada que apague o mal estrutural que este Governo causou ao país.

*DEPUTADA DO BE

 

16
Ago15

A MAIORIA ABSOLUTA SERÁ A NOSSA SALVAÇÃO?

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Pensamos que não!

A maioria absoluta, é a forma que os governos sem escrúpulos têm, borrifando-se no Povo, de concretizarem os interesses pessoais e os da “pandilha” que os rodeia.

Será que ainda há gente com a coragem suficiente capaz de votar em pessoas que só apregoam as desgraças do passado?

Será que ainda há coragem de dar o voto a políticos que não apresentam projetos nem metas capazes de identificar o futuro, para que o possamos ajuizar?

Será que haverá coragem, face ao que temos presenciado na área da governação, de conceder mais uma maioria absoluta?

Esperemos que não!

Já chega de maiorias! Cavaco, Guterres, Sócrates e Passos, pois para nos desgraçar bastaram eles.  

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15.08.2015 00:30

As legislativas aproximam-se e são cada vez mais os atores políticos que secundam a opinião de Cavaco Silva: reclamam um resultado de maioria, que gere estabilidade governativa. Discordo em absoluto, pois foram as maiorias que nos trouxeram à crise e a miséria. Todas as maiorias governativas são de má memória: Cavaco, Guterres, Sócrates e Passos. Foi com Cavaco Silva no governo que se desbarataram fundos europeus sem critério, se começou a instalar a promiscuidade entre negócios e política e se assistiu à instalação da corrupção no regime. Os dinheiros do Fundo Social Europeu para formação foram desviados para o bolso de alguns. A política era dominada por Duarte Lima, Dias Loureiro e Oliveira e Costa. Em maioria. Foi Guterres que, apesar de prometer "no jobs for the boys", permitiu a entrada na Administração Pública de milhares de boys sem concurso. Na enxurrada, Guterres engordou a Administração. Dominavam a política socialista Jorge Coelho, Pina Moura, Armando Vara e Sócrates. Tudo gente séria, portanto. Em maioria. Foi já a maioria absoluta de Sócrates que celebrou os contratos ruinosos das dezenas de parcerias público-privadas que comprometem as contas públicas até 2035. Foi também Sócrates que nacionalizou o BPN, assumindo todos os prejuízos e deixando intactos os bens dos responsáveis pelo descalabro do banco. Também Passos Coelho dispôs de uma confortável maioria, em coligação com Paulo Portas. Aproveitou esse poder absoluto para privatizar sem critério e ao desbarato a REN, a EDP, EGF, CTT, ANA e TAP. Entregou o ouro ao bandido e fê-lo sem sentido estratégico ou patriótico. Hoje os chineses dominam a energia elétrica em Portugal, num modelo neocolonial em que os colonizados somos nós. Os aeroportos são controlados pela mesma empresa que detém as pontes Vasco da Gama e 25 de Abril, pelo que as entradas na capital estão fora do controlo público, uma verdadeira ameaça à nossa segurança. Não tem sido, pois, por falta de maiorias 

 

Há que acordar e abrir os olhos. Quando tocar a decidir, a melhor forma de vencer o passado e voltar a “fazer” Portugal, é dar a mão a propostas que, estudando o presente e o passado, com “régua e esquadro” estudam, contabilizam, desenham e projetam o futuro.

Amorim Lopes

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