25 DE ABRIL, SEMPRE!
Quarenta anos passaram, desde do dia
Em que Portugal acordou sobressaltado,
Cortou as amarras e as correntes da agonia,
Iniciou a construção dum novo fado.
Nas espingardas vermelhos cravos nasceram,
O “passado” foi pacificamente para o exílio,
Homens e mulheres correram em delírio
Para abraçar os arrojados heróis que nos libertaram.
Abriram-se as portas das prisões
Para libertar os que tanto sangue derramaram,
Permitindo cumprir as sonhadas missões,
Que dariam a liberdade, ao povo, a quem tanto prometeram.
Portugal, unido e livre naquele dia nasceu,
Cresceu e fez-se homem em democracia,
Livre, gritou por justiça e repartiu o que era seu,
Negou a exploração, cantou a fraternidade com alegria.
Amamos a liberdade, a justiça e a paz,
Desejamos um mundo livre e negamos a fome,
Tiramos o chapéu, um dia, a quem for capaz,
De acabar com a miséria e dar pão a quem não come.
Amorim Lopes