AS NEGOCIATAS NÃO PARAM DE DAR À COSTA
Nos últimos dias temos vindo a assistir pela comunicação social, que a alteração dos contratos tendo em vista a introdução de portagens nas Scuts, serviu para a realização de grandes negociatas.
Efectivamente, com a publicação de um relatório relativo a uma auditoria feita pelo Tribunal de Contas às PPP – Scuts, verificou-se que a renegociação dos contratos para a introdução de portagens nas antigas SCUT (vias sem custos para o utilizador) garantiu às concessionárias um "regime de remuneração mais vantajoso".
"A negociação destes contratos, tendo em vista a introdução de portagens reais, veio implicar uma alteração substancial do risco de negócio, garantindo às concessionárias um regime de remuneração mais vantajoso, imune às variações de tráfego, traduzindo-se, na prática, numa melhoria das suas condições de negócio e de rendibilidade accionista em comparação com outras PPP [parcerias público-privadas] rodoviárias (em regime de disponibilidade)", lê-se no relatório do Tribunal de Contas (TC), hoje divulgado.
Com tudo isto, as concessionárias garantiram rendas constantes independentemente do fluxo de trânsito que se venha a verificar e rentabilidades para os montantes investidos de 10% de média.
Nós, os utilizadores, pagamos a dívida contraída pelos Governantes, com o montante que nos é cobrado para poder utilizar as Scuts e simultaneamente, com uma percentagem dos impostos que nos são cobrados.
Com todo este malabarismo e conjunto de artimanhas, leva-nos a fazer a pergunta: Para onde nos querem levar?
Faço votos que seja para um “bom porto”.
Sobre a matéria desenvolvida, apresentamos dois vídeos que são a abordagem feita pela SIC e TVI.
VÍDEO I
VÍDEO II