Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

DÁDIVAS

E agora é o acaso quem me guia. Sem esperança, sem um fim, sem uma fé, Sou tudo: mas não sou o que seria Se o mundo fosse bom — como não é!

E agora é o acaso quem me guia. Sem esperança, sem um fim, sem uma fé, Sou tudo: mas não sou o que seria Se o mundo fosse bom — como não é!

DÁDIVAS

14
Ago12

ESTE PARTE AQUELE PARTE

59abc59

O povo galego, no século XIX, viveu tempos de miséria, fome e pobreza, que o levou a emigrar, levando com ele, na bagagem, a esperança de uma vida melhor.

Rosalía de Castro, com a sua poesia, tenta dar ênfase a esse flagelo, a emigração, que pairava sobre o povo galego. Dos muitos poemas que escreveu, merece-nos realce o “Cantar de Emigração”, do qual destacamos: “órfãos e órfãs, tens campos de solidão, tens mães que não têm filhos, filhos que não têm pai”

Também na década de 60, o povo português, vivia debaixo de uma pobreza constante. Os mais aventureiros e arrojados, palmilharam para outros mundos, para onde pudessem amealhar alguns cobres e assim, conseguir uma vida familiar economicamente mais risonha. Conseguiram-no, numa grande maioria, emigrando para França.

Adriano Correia de Oliveira, com a balada”Cantar de Emigração”, letra da galega Rosalía de Castro, e adaptação de José Niza, manifesta bem a revolta, o inconformismo e a não-aceitação, da vida oprimida e miserável em que o povo se encontrava.

Presentemente, o flagelo da emigração começa a estar na ordem do dia: "69% das estudantes, com cursos superiores, têm que emigrar para arranjar trabalho com salários condignos".

Nós, como sentimos na pele, a dor de ter os nossos familiares a trabalhar a milhares de quilómetros de distância, também queremos manifestar a nossa revolta com a situação que se vive, publicando seguidamente o poema e o vídeo, no qual Adriano Correia de Oliveira canta a balada acima referida.

Com união, vontade e crer, Portugal poderá voltar a ser mais justo e igual para todos.

 

Cantar de Emigração

Este parte, aquele parte

e todos, todos se vão

Galiza ficas sem homens

que possam cortar teu pão

 

Tens em troca

órfãos e órfãs

tens campos de solidão

tens mães que não têm filhos

filhos que não têm pai

 

Coração

que tens e sofre

longas ausências mortais

viúvas de vivos mortos

que ninguém consolará

 

VÍDEO

Amorim Lopes

 

Mais sobre mim

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2015
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2014
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2013
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2012
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2011
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2010
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D

MAIL

amorimnuneslopes@sapo.pt
Em destaque no SAPO Blogs
pub