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DÁDIVAS

E agora é o acaso quem me guia. Sem esperança, sem um fim, sem uma fé, Sou tudo: mas não sou o que seria Se o mundo fosse bom — como não é!

E agora é o acaso quem me guia. Sem esperança, sem um fim, sem uma fé, Sou tudo: mas não sou o que seria Se o mundo fosse bom — como não é!

DÁDIVAS

18
Set15

FRENTE-A-FRENTE – PASSOS E COSTA

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Decorreu esta quinta-feira mais um debate entre os líderes dos dois maiores partidos que concorrem às Legislativas 2015.

Foi um debate bastante equilibrado, um pouco esclarecedor no que respeita às propostas apresentadas pelo PS.

Quanto à “PàF”, não tem programa. Limita-se ao progresso da continuidade.

No que respeita ao desenrolar do debate pensamos que teve algumas falhas:

  • Falou-se do programa do PS. O programa da PàF não foi abordado. Será que existe?
  • Sobre a Segurança Social discutiram-se números. Ficou por abordar o mais importante: as vantagens e desvantagens dos projetos que ambos pretendem implementar.
  • Não concordamos com a coligação quando foi afirmado que o estudo para a Segurança Social, “desenhado” em 2007, foi projetado para 100 anos. Nunca ouvimos ser referido tal número, mas sim, números mais reduzidos. O problema não está no projeto, que internacionalmente é reconhecido como bom, mas sim, no enorme desemprego e elevada emigração que se veio a verificar, fruto das más políticas e má governação do atual Governo.
  • O governo afirmou que deu à Câmara de Lisboa uma verba para pagar parte da dívida – 40%. Se fez tal dádiva, não devia ser seu dever, ter idêntico procedimento com as restantes Câmaras do País? Mal vai um candidato a primeiro-ministro que utiliza tal verbalismo, quando esquece o protocolo existente entre ambas as partes.

Se juntarmos a tudo isto, o “estrondoso” incumprimento do PSD, no que respeita às promessas feitas no último ato eleitoral, a resposta só deverá ser uma – “PàF” não.

Terminamos com um texto da autoria de João Botelho, publicado esta quinta-feira no jornal Correio da Manhã:  

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 Que me perdoe o poeta, que está no céu, o trocadilho e o abuso, mas as coisas aqui na terra não andam lá muito católicas. Mal saiu da toca para uns passitos fora da rotina, o mundo real caiu em cima do primeiro- -ministro. Correu-lhe mal o debate – o "se tem saudades de discutir com Sócrates, vá discutir com ele" – de António Costa foi demolidor. Porque se esqueceu que as pessoas estão fartas das explicações "pela culpa dos outros" e estão mais atentas às culpas próprias de quatro anos de governação. E correu-lhe muito mal a ridícula proposta do peditório popular para os lesados dos GES, o enfrentamento com a mãe cuja filha formada não tem trabalho, os sete minutos de discussão acesa com a reformada sobre os cortes impiedosos que pareceram um episódio dos Apanhados. E lá se foi o seu ar de estadista penteado. A cara cheia, de pele esticada em que apenas se movia o queixo, começou a ter uns tiques repetidos de cabeça para a direita, mas que no espelho da televisão aparecem para a esquerda, o que torna os movimentos estranhamente absurdos. E se houvesse hoje cognomes para os primeiros-ministros, como outrora havia para os Reis, arriscava-se a ficar conhecido pelo povo como ‘O Cantor Mentiroso’. Porque a verdade é que já não havendo nada para vender (restam os Jerónimos e a Torre de Belém, onde ficariam muito bem dois centros comerciais chineses) os remediados deste país ficaram pobres, os pobres mais pobres e só os ricos mais ricos. E o país muito mais endividado do que quando ele chegou. Ah! Ia--me esquecendo do fracasso da venda do BES, que foi travada para não lhe arruinar de vez a campanha. Ele, que quando o deixavam à vontade, sabia de cor todas as canções que interessam ao povo, todas as pimba, as das tunas e até a "chamavam- -lhe Nini", anda com ar crispado, umas vezes aflito, muitas vezes acusatório. E o poderoso engenheiro Ângelo Correia está a ficar desfeito com o fracasso da sua criação. E se Passos Coelho, à solta e às voltas, prova que é pior que o aparelho que o resguardava, António Costa finalmente compreendeu que é melhor do que a medíocre "entourage" que o aconselhava. No outro lado da cidade, lá para a rua do Abade Faria, depois de cinco visitas infrutíferas de Mário Soares, teve de ser o alto comissário da ONU para os refugiados, com o seu estilo piedoso, a vir implorar a Sócrates para estar calado, parar com os seus jantares de patetas na galhofa e de exibir as suas sapatilhas Prada de 420€.

 

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