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DÁDIVAS

E agora é o acaso quem me guia. Sem esperança, sem um fim, sem uma fé, Sou tudo: mas não sou o que seria Se o mundo fosse bom — como não é!

E agora é o acaso quem me guia. Sem esperança, sem um fim, sem uma fé, Sou tudo: mas não sou o que seria Se o mundo fosse bom — como não é!

DÁDIVAS

16
Jul15

SERÁ QUE VIVEMOS UMA 3ª GUERRA MUNDIAL?

59abc59

Frequentemente, temos vindo a escutar a afirmação de que “gastámos o que não produzimos”. Estamos de acordo.

Sobre a questão ora referida convém questionar: Será que gastámos por termos o “vício” de gastar?

Se recuarmos no tempo e viajarmos até ao “Cavaquismo” e governos subsequentes, verificamos que fomos aliciados a não produzir (pesca, agricultura, indústria) a troco de subsídios e empréstimos a juros baratos. Portugal deixa de ser um país produtor para ser essencialmente um país consumidor.

O tempo foi passando e Portugal, com a ajuda da Banca (sedenta de desempenhos muitíssimo positivos), foi-se endividando até atingir a presente realidade.

Ficámos nas mãos dos credores ao ponto de perdermos a soberania.

Capitulámos nas mãos dos donos do dinheiro.

A Alemanha, que militarmente tem vindo constantemente a ser derrotada, consegue, não com bombas mas com EUROS, começar a sair da “peleja”com uma auréola vitoriosa.

Os donos do dinheiro, onde a Alemanha está inserida, planearam uma guerra que aos poucos começam a ganhar. A solidariedade começa a dar lugar à “ditadura do dinheiro”.

TEXTO

Trabalho de João Botelho publicado no Correio da Manhã em 16.07.2015  

joão botelho.PNG

 

A fotografia não engana. O riso cínico de Wolfgang Schäuble e as gargalhadas alarves, cúmplices e subservientes do finlandês Stubb e do holandês de nome impronunciável mas de cabelo aos caracóis empastados em gel depois da humilha-ção e capitulação da Grécia mostram ao mundo inteiro o asco dos vencedores. Estarão já a dividir entre si as ilhas, os edifícios e as estátuas perfeitas dos novos escravos gregos? Olhem bem para o poderoso chefe Schäuble. Não vos lembra esse poderoso personagem de Kubrick, o Dr. Strangelove (magnífico Peter Sellers) sentado na sua cadeira de rodas, com mãos, braços e pernas biónicas, sempre de óculos escuros (terá olhos?) num corpo onde nada funciona a não ser a sua mente maldita, e o riso casquinado e sinistro, preparando-se e conseguindo lançar o mundo na catástrofe atómica? Hoje não são necessárias bombas para ganhar a terceira guerra mundial. Basta a ditadura das finanças. E o truque é simples: na euforia do cavaquismo e depois na dos socialistas, dos fundos europeus de crédito fácil trocados pelo abandono dos recursos naturais (pescas, agricultura e sobretudo produção do que quer que fosse) que nos transformaram a todos em consumidores parvos. Os ricos fizeram empreendimentos, piscinas, especularam na bolsa, tornaram-se donos de qualquer coisa e ficaram mais ricos. Os outros, os incautos, que não leram as letras miudinhas dos empréstimos bancários, compraram casa própria, automóveis para todos os elementos da família, viagens a Punta Cana, tudo a crédito, para ficarem endividados até à quarta geração e pobres para sempre. O mesmo se pode fazer a países inteiros. E os tetranetos dos gregos actuais ainda estarão a pagar e a fazer o que os patrões da finança imaginaram para eles numa vida miserável. Precavido, Antero Henrique, o número 2 da SAD do Futebol Clube do Porto que, com Edu, formou uma empresa de 600 seguranças ilegais, tinha em casa 70 mil euros em notas. Não fosse o diabo tecê-las (aliás, Portugal é o senhor que se segue, vão ver) e era o que faltava ter de levantar só 60 euros por dia no multibanco! Miséria de muitos, especulação de poucos e empresas de segurança vão de par. Não é que o governo português vai gastar três milhões de euros em seguranças privadas para guardar(!!) o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e a PSP? Segurança privada a segurar a segurança pública? Estranho país. Os ricos e os governantes também começam a ter muito medo.

É tempo de dizer não a quem constantemente nos acusa de “gastadores” e mostrar a nossa "Alma Lusitana".

Amorim Lopes

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